Fechamos os olhos juntos. Contamos, os dois, até cem: um de nós acaba por ganhar, o outro acaba por perder. Nenhum de nós diz seja o que for (...) Tenho sorte em ter-te, mas não te digo. Na minha cabeça tu sabes a sorte que tenho. Na minha cabeça tu sabes tudo. Na minha cabeça o nosso amor não tem um prazo de validade. Consigo imaginar-nos, já velhinhos, de mãos dadas: rugas nas rugas. (...) Fechamos os olhos juntos. Contamos até cem, os dois, em uníssono. Contamos até cem e não nos cansamos um do outro. Um de nós ganha, o outro perde. Ninguém sabe qual, nenhum de nós diz seja o que for. Até ao cem estamos juntos. Depois do cem estamos juntos. Estamos sempre juntos.


Fechamos os olhos juntos. Contamos, os dois, até cem: tu não sabes, mas eu ganho-te. Não te digo seja o que for. Calo-me e abro os olhos. És tão especial. Tenho a certeza que não sabes, mas: és tão especial. Espero que saibas a sorte que tenho em ter-te ao meu lado.  Espero que saibas que adoro cada capítulo da vida que tenho partilhado contigo – e que não te cansas de escrever no papel. Espero que saibas que te amo a mil à hora (é assim que o meu coração reage sempre que estou contigo. Que posso fazer?). Todas as manhãs me sinto a mulher mais feliz do mundo.(...) Só quero que saibas que és especial. Que é impossível não me sentir também especial quando estou contigo. (...) Quando me lanças esse olhar de menino perdido à procura de um pouco de mimo. É impossível não te amar. É impossível não me calar quando te ganho – e eu ganho-te sempre. Talvez por isso conte contigo até cem e fique calada. Na tua cabeça um de nós perde, o outro ganha. Na verdade eu ganho-te sempre, mas isso não interessa. Desde que estejamos juntos, nada disso interessa.

Cantamos juntos aquela música do anúncio que costuma passar na televisão. Desafinamos, juntos, cada acorde. Nenhum de nós ganha, nenhum de nós perde. Desafinamos juntos. Acabamos a rir, juntos. Desligamos as luzes, a televisão, os computadores, fechamos os livros e beijamo-nos. (...) Se tivermos sorte, acordaremos sempre juntos. Até que a morte nos separe: juntos.



2 comentários:

  1. Sem duvida um texto muito bonito.
    Guardem-se bem um ao outro :)*

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  2. que texto bonitinho, e mais bonito ainda é o sentimento que ele descreve e tudo o que um Amor verdadeiro contempla.

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