Não há mais tempo! Mas o que é o tempo? Seria apenas a relação de dois ponteiros presos dentro de um círculo que não param os movimentos, contabilizando segundos, que são minutos, que se transformam em horas? Seria aquilo que se tem com cálculo exato sem sombra de erros? O tempo, talvez, não passe de uma mera ilusão criada para situar o homem na sua relação de "tempo e "espaço", dentro do universo cósmico. Todavia, quando se pensa em "tempo", diante de algo como a perda ou caminhos que por algum motivo se irão separar, tem-se uma outra concepção do mesmo. Tempo nesse sentido apresenta-se como aquilo que não apenas gira os ponteiros, contando segundos,  minutos ou horas, mas apresenta-se como a relação da espera, que pode ser em horas, dias, semanas, meses ou até mesmo em anos. É essa "espera" que mais fere e machuca qualquer ser. A angústia gerada pela expectativa daquilo que possa voltar um dia, faz com que os sentidos se percam entre os diversos caminhos que lhe são apresentados quotidianamente. Eu sei que os caminhos se podem separar no agora e encontrarem-se no futuro, como na matemática hegeliana, contudo, o maior problema é a espera e o que pode acontecer durante tal "tempo". Porquê a dificuldade em simplesmente amar? Porquê ter que esperar o "tempo" exato se não somos movidos por ponteiros?


Faço destas as minhas palavras.

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