pedaços .

- Eu adoro os meus pais, é um amor incondicional e amor como esse é para sempre. Só quando for mãe é que poderei sentir o que agora eles sentem por mim. Mas desde que comecei a viver só com a minha irmã [ a partir do momento que entrei na universidade] habituei-me a outro tipo de rotinas. Fazemos as refeições quando nos apetece [vá, também não jantámos as 10 da noite], se for preciso, naqueles dias que lanchamos já tarde, jantamos leite com torradas, não há grande preocupação com outro tipo de coisas que, na casa deles, há. Passar mais que dois dias com eles já é um bocado estranho. Parece que já não me conseguiria habituar a viver com eles novamente.

- Cada vez mais tenho a certeza que tenho amigas com “A” em Coimbra. E isso tem um sabor agridoce. Não sei como vai ser na altura em que cada uma de nós seguirá o seu caminho. Eu sei que só se quisermos é que perdemos o contacto, mas também sei que vai ser muito diferente do que os tempos de estudante.

- Faltam duas semanas para traçar a capa à minha afilhada. Confesso que estou ansiosa para esse momento. Não sei como irei reagir nem o que lhe irei dizer, vou deixar que as palavras toquem no coração e soltem de maneira a que jamais ela esquecerá O momento que é o traçar da capa.

- Ontem comi um gelado na melhor gelataria que conheço. Chocolate como aquele nunca comi em mais lado nenhum. Enquanto me lambuzava no gelado, o D. bebia o seu café com natas e canela.

- Sou uma privilegiada, ao contrário de algumas amigas minhas, porque tenho a praia a poucos kms de casa. Hoje, por exemplo, enquanto fazia tempo para ir ao dentista, fui a uma esplanada tomar um abatanado, e o mar à minha frente como pano de fundo. Agora que cheguei a casa e retomei com o estudo, é que me lembrei que podia ter levado as coisas e ficar lá a estudar. Estudava e apanhava um pouco de vitamina D. 

lado esquerdo: ontem à noite
lado direito: hoje à tarde